Ecos de um documentário que prometia reescrever a História universal
O documentário «Colón ADN – su verdadero origen» anunciado e publicitado como sendo a chave para fazer reescrever a História universal foi exibido pela TVE – Televisão Espanhola no sábado, dia 12 de Outubro, Dia da Hispanidad. No Boletim Nosso Especial Amigo - Edição Pública nº 24 da ACC demos grande destaque ao acontecimento, que se aguardava há alguns anos, para que todos os interessados o pudessem seguir.
As primeiras análises genéticas aos
poucos ossos guardados no túmulo do Almirante Colon na Catedral de Sevilha
tinham ocorrido já há duas décadas, sendo que o objectivo inicial propunha-se
determinar se esses restos mortais pertenciam efectivamente a Colon, comparando
o respectivo ADN com o ADN extraído das ossadas de Hernando Colón, segundo
filho do Almirante, sepultado na Catedral e dos restos mortais do irmão, Diego
Colon, que se encontravam na Cartuxa de Sevilha, Mosteiro de Las Cuevas.
A pesquisa tornou-se depois mais
abrangente após os resultados terem permitido concluir que os ossos pertenciam
a Colon, e foram efectuados testes comparativos com amostras de 477 Colombos
italianos, Coloms catalães e Coulons franceses. Todas deram resultados
negativos.
Também, na ocasião, foram reveladas três
conclusões interessantes: por um lado a confirmação de que os exames aos ossos
de Diego e de Cristóbal demonstravam que eram irmãos, por outro lado a
indicação de que a idade de Diego Colon não coincidia com a idade de Giacomo
Colombo, o irmão de Cristoforo Colombo genovês, e ainda que a genética de Colon
correspondia à raça caucasiana.
Duas destas três conclusões foram agora
contrariadas durante o documentário televisivo: Cristóbal e Diego já não serão
irmãos, mas sim primos com algum grau de afastamento; a genética de Colon
apresenta traços da raça judia e não da caucasiana.
Sobre estas e sobre outras conclusões
certamente se pronunciarão os especialistas em genética quando o Prof. Llorente
registar os resultados detalhados em publicação científica.
Para já, apenas nos limitamos a
constatar que alguns desses especialistas já se pronunciaram colocando em causa
o valor científico do documentário.
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