sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Colombo genovês, o tio errado # 47 ('Provas' 78, 79)

'Provas' {78} e {79}

 {78} - pág. 488:

(2ª viagem) Alguém avisara Colombo de que na Madeira, por ordens de D. João II, haviam armado uma caravela para o interceptar {78}. E escrevera aos Reis, que estavam em Barcelona, pedindo instruções. Propunha-se destacar alguns dos navios da sua frota para apresar a caravela. Responderam-lhe que o podia fazer, mas sem perder tempo ... Quanto à armada, mais potente, que em Portugal se preparava, que lhe fizesse frente, se acaso o fosse desinquietar nas Antilhas

 

ACC:

Estas afirmações não têm qualquer relação com a alegada genovesidade do Almirante que o Prof. Thomaz pretende provar.

Note-se que na carta dos Reis Católicos, transcrita por Navarrete e que o Prof. Thomaz invoca, não se menciona que a caravela enviada da Madeira seria para interceptar o Almirante. Tampouco lhe é dito para fazer frente à armada de Portugal, mas sim que tivesse cuidado e se afastasse dela, que tudo se resolveria com os embaixadores. Como se vê, o Prof. Thomaz interpretou os textos de forma muito retorcida.

 

«Y cuanto á lo que desis que vos escribieron que el Rey de Portugal envió una carabela desde la Isla de la Madera, y que la queréis enviar á buscar con parte de las carabelas que vos lleváredes, muy bien nos paresce qué así lo fagáis; pero mirad que los que enviáredes á la buscar que no toquen en la Guinea ni en la Mina que él tiene, ni la busquen en aquellas partes. Y cuanto al adereszo de armada que desis que tiene el Rey de Portogal, … y si armada hisiere el Rey de Portogal para ir donde vos vais, perded cuidado della, que luego se remediará bien con el ayuda de Dios.» (in NAVARRETE, Martin Fernández – Coleccion de los viajes y descubrimientos que hicieran por mar los españoles, 2ª Ed. Tomo II, pág.109)


{79} - pág. 578:

Para mais tanto um como outro (Cristóvão e Bartolomeu) eram estrangeiros e "governavam a espanhóis, que ainda que a seus naturais senhores fossem sujeitíssimos" eram menos humildes e pacientes e de mais dura cerviz para com superiores de estranha nação.

 

ACC:

Esta afirmação não tem qualquer relação com a alegada genovesidade do Almirante que o Prof. Thomaz pretende provar. Ser estrangeiro é bem mais abrangente do que ser genovês.

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