'Provas' {78} e {79}
{78} - pág. 488:
(2ª viagem) Alguém avisara Colombo de que na Madeira,
por ordens de D. João II, haviam armado uma caravela para o interceptar {78}.
E escrevera aos Reis, que estavam em Barcelona, pedindo instruções. Propunha-se
destacar alguns dos navios da sua frota para apresar a caravela.
Responderam-lhe que o podia fazer, mas sem perder tempo ... Quanto à armada,
mais potente, que em Portugal se preparava, que lhe fizesse frente, se acaso o
fosse desinquietar nas Antilhas
ACC:
Estas afirmações não têm qualquer relação com a
alegada genovesidade do Almirante que o Prof. Thomaz pretende provar.
Note-se que na carta dos Reis Católicos, transcrita por
Navarrete e que o Prof. Thomaz invoca, não se menciona que a caravela enviada
da Madeira seria para interceptar o Almirante. Tampouco lhe é dito para fazer
frente à armada de Portugal, mas sim que tivesse cuidado e se afastasse dela,
que tudo se resolveria com os embaixadores. Como se vê, o Prof. Thomaz
interpretou os textos de forma muito retorcida.
«Y cuanto á lo que desis que vos
escribieron que el Rey de Portugal envió una carabela desde la Isla de la
Madera, y que la queréis enviar á buscar con parte de las carabelas que vos lleváredes,
muy bien nos paresce qué así lo fagáis; pero mirad que los que enviáredes á la
buscar que no toquen en la Guinea ni en la Mina que él tiene, ni la busquen en
aquellas partes. Y cuanto al adereszo de armada que desis que tiene el Rey de
Portogal, … y si armada hisiere el Rey de Portogal para ir donde vos vais,
perded cuidado della, que luego se remediará bien con el ayuda de Dios.» (in NAVARRETE, Martin Fernández – Coleccion de los viajes y descubrimientos
que hicieran por mar los españoles, 2ª Ed. Tomo II, pág.109)
{79} - pág.
578:
Para mais tanto um como outro (Cristóvão e Bartolomeu)
eram estrangeiros e "governavam a espanhóis, que ainda que a seus naturais
senhores fossem sujeitíssimos" eram menos humildes e pacientes e de mais
dura cerviz para com superiores de estranha nação.
ACC:
Esta afirmação não tem qualquer relação com a alegada
genovesidade do Almirante que o Prof. Thomaz pretende provar. Ser estrangeiro é
bem mais abrangente do que ser genovês.
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