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É só no testamento de D. Diego, irmão do Almirante
Velho, lavrado em Sevilha a 13.II.1515 que este (Juan Antonio Colombo) aparece
designado por Colón, ad instar de seus primos: Item,
mando que se dén a Juan Antonio Colón cient castellanos de oro é que se
los den de los bienes é fazienda del dicho Señor Don Diego Colón (o
2º Almirante, filho e sucessor do descobridor e portanto sobrinho do
testador) que tiene en las Indias.
Ignoramos a razão de ser
deste legado; mas a metonomásia do primo é evidente: a consciência do próximo
parentesco entre ambos os indivíduos. {90}
O mesmo se passa com seu
irmão André que depôs em 1515 nos Pleitos Colombinos, na provança então feita
nas Índias a rogo do segundo almirante, em que é designado por “Andrea Colón”;
ACC:
Com atrás se demonstrou, Juan António 'Colombo' não era o Giovanni, primo de Cristoforo. O Giovanni também não tinha nenhum irmão Andrea. Não existe assim qualquer relação familiar entre o Almirante, que não era o Cristoforo, e estes dois Colombos. Poderia ter ficado no ar a suposição de uma relação de parentesco, derivada da eventual ligação entre o Almirante e Georges Bissipat (Colombo-o-Jovem), tal como foi depois enunciada por D. Hernando na Historie, e uma ligação destes dois irmãos à localidade de Fontenoy-le-Château, em França.
Documentos, escritos por terceiros, com a deturpação ou
erros de simpatia ou transcrição nos apelidos dos criados, nada provam quanto à
genovesidade do Almirante.
E o Prof. Thomaz consegue mais um milagre na construção de um círculo virtuoso:
O Almirante Colon seria um Colombo de Génova, onde havia famílias Colombo, das quais escolheu uma, a dos tecelões. E assim, ao Juan Antonio chamaram Colombo por "ser primo" do Almirante.
Mas depois, mais tarde, ao Juan Antonio e ao seu irmão Andrea chamaram Colon também por "serem primos" do Almirante.
Ou seja, ajustava-se o apelido dos criados para harmonizar com o apelido do Almirante. O que era preciso é que parecessem primos do Almirante!
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